ANO B
4ª FEIRA da 1ª SEMANA Advento
S. Francisco Xavier Presb, memória
1ª Leitura - Is 25,6-10a
O Senhor convida para o seu banquete e enxugará as lágrimas de todas as faces.
Leitura do Livro do Profeta Isaías 25,6-10a
Naquele dia:
6O Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos.
7Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações.
8O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra, o Senhor o disse.
9Naquele dia, se dirá: 'Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo'.
10aE a mão do Senhor repousará sobre este monte.
Palavra do Senhor.
Salmo - Sl 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6 (R. 6cd)
R. Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.
1O Senhor é o pastor que me conduz;* não me falta coisa alguma.
2Pelos prados e campinas verdejantes* ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,* 3ae restaura as minhas forças.R.
3bEle me guia no caminho mais seguro,* pela honra do seu nome.
4Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,* nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,* eles me dão a segurança!R.
5Preparais à minha frente uma mesa,* bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,* e o meu cálice transborda.R.
6Felicidade e todo bem hão de seguir-me,* por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei* pelos tempos infinitos.R
Evangelho - Mt 15,29-37
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 15,29-37
Naquele tempo:
29Jesus foi para as margens do mar da Galiléia, subiu a montanha, e sentou-se.
30Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes.
Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. 31O povo ficou admirado, quando viu os mudos falando, os aleijados sendo curados, os coxos andando e os cegos enxergando.
E glorificaram o Deus de Israel. 32Jesus chamou seus discípulos e disse: 'Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer.
Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho.'
33Os discípulos disseram: 'Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tão grande multidão?'
34Jesus perguntou: 'Quantos pães tendes?' Eles responderam: 'Sete, e alguns peixinhos'.
35E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão.
36Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões.
37Todos comeram, e ficaram satisfeitos. e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
Palavra da Salvação.
Partilha Orante:
O profeta Isaías fala do Senhor Nosso Deus apresentando-o ao povo de Israel como o “Senhor que preparará para todos os povos um banquete … e enxugará as lágrimas de todas as faces” (Is 25, 6-10). Pode-se traçar um paralelo entre esta imagem a aquela que encontramos nos Evangelhos de São Mateus (22:1-14) e São Lucas (14:15-24), na parábola do banquete (também conhecida por Parábola do Grande Banquete, Parábola da Festa de Casamento ou Parábola do Casamento do Filho do Rei). Seguindo a narração de São Mateus, vemos uma situação em que um rei prepara um banquete e manda os servidores chamarem os convidados, os quais se recusam. Em face da indignidade dos convidados originais, que se demonstra pela sua recusa, o rei manda chamar a todos: os cegos, os aleijados, os coxos, os esquecidos, os pobres, tanto bons quanto maus, a participar no banquete preparado. Tanto bons quanto maus foram convidados (Mateus 22:10), o que significa que todos tem a possibilidade de participar do banquete: convidar alguém à mesa é afirmar a sua dignidade, demonstrando que o amor de Deus a todos se estende.
No entanto, quando o rei adentrou ao festim para ver os convivas, notou um homem que não estava vestido adequadamente (Mateus 22:11-14) e lançou-o para fora, “Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos”. Ou seja, embora o banquete do Senhor seja acessível a todos, muitos o recusam, e outros tantos o desejam mas não se preparam adequadamente, de acordo com as suas possibilidades. Se por um lado um convite é sinal de dignidade, que a temos enquanto filhos de Deus, por outro lado, deve-se atentar para a necessidade de corresponder às expectativas daquele que nos convida, resistindo à participar da maldade e guardando a fé.
Na atualidade, estando o mundo em profunda crise social, e o ocidente em plena apostasia da verdade marcada pelo descenso dos valores cristãos, com o mal estar da ausência de sentido e significado da vida atingindo a diversas famílias, é necessário que, a exemplo do profeta Isaías, destaquemos o plano de Deus para a humanidade é a felicidade, a vontade do Senhor de “enxugar as lágrimas” de todas as faces. É isso que a atitude de Nosso Senhor Jesus Cristo nos demonstra. Às margens daquele mar Ele cura os coxos, os aleijados, os cegos, os mudos, e todos que até ali o haviam seguido. Em outras palavras, Ele cura as deficiências dessas pessoas, libertando-as do mal que as afligia. Além disso, Nosso Senhor Jesus Cristo demonstra compaixão por esta multidão e cuida da sua necessidade de alimento. Isso nos mostra mais uma vez que somente a confiança em Deus, que é bondade, misericórdia e justiça, pode nos oferecer um sentido para a existência, iluminando-a e a tornando repleta de esperança, ao contrário daqueles que confiam nas coisas terrenas destinadas a perecer.
Vladimir Lautert
Discipulado GMP
4ª FEIRA da 1ª SEMANA Advento
S. Francisco Xavier Presb, memória
1ª Leitura - Is 25,6-10a
O Senhor convida para o seu banquete e enxugará as lágrimas de todas as faces.
Leitura do Livro do Profeta Isaías 25,6-10a
Naquele dia:
6O Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos.
7Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações.
8O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra, o Senhor o disse.
9Naquele dia, se dirá: 'Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo'.
10aE a mão do Senhor repousará sobre este monte.
Palavra do Senhor.
Salmo - Sl 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6 (R. 6cd)
R. Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.
1O Senhor é o pastor que me conduz;* não me falta coisa alguma.
2Pelos prados e campinas verdejantes* ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,* 3ae restaura as minhas forças.R.
3bEle me guia no caminho mais seguro,* pela honra do seu nome.
4Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,* nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,* eles me dão a segurança!R.
5Preparais à minha frente uma mesa,* bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,* e o meu cálice transborda.R.
6Felicidade e todo bem hão de seguir-me,* por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei* pelos tempos infinitos.R
Evangelho - Mt 15,29-37
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 15,29-37
Naquele tempo:
29Jesus foi para as margens do mar da Galiléia, subiu a montanha, e sentou-se.
30Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes.
Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. 31O povo ficou admirado, quando viu os mudos falando, os aleijados sendo curados, os coxos andando e os cegos enxergando.
E glorificaram o Deus de Israel. 32Jesus chamou seus discípulos e disse: 'Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer.
Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho.'
33Os discípulos disseram: 'Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tão grande multidão?'
34Jesus perguntou: 'Quantos pães tendes?' Eles responderam: 'Sete, e alguns peixinhos'.
35E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão.
36Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões.
37Todos comeram, e ficaram satisfeitos. e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
Palavra da Salvação.
Partilha Orante:
O profeta Isaías fala do Senhor Nosso Deus apresentando-o ao povo de Israel como o “Senhor que preparará para todos os povos um banquete … e enxugará as lágrimas de todas as faces” (Is 25, 6-10). Pode-se traçar um paralelo entre esta imagem a aquela que encontramos nos Evangelhos de São Mateus (22:1-14) e São Lucas (14:15-24), na parábola do banquete (também conhecida por Parábola do Grande Banquete, Parábola da Festa de Casamento ou Parábola do Casamento do Filho do Rei). Seguindo a narração de São Mateus, vemos uma situação em que um rei prepara um banquete e manda os servidores chamarem os convidados, os quais se recusam. Em face da indignidade dos convidados originais, que se demonstra pela sua recusa, o rei manda chamar a todos: os cegos, os aleijados, os coxos, os esquecidos, os pobres, tanto bons quanto maus, a participar no banquete preparado. Tanto bons quanto maus foram convidados (Mateus 22:10), o que significa que todos tem a possibilidade de participar do banquete: convidar alguém à mesa é afirmar a sua dignidade, demonstrando que o amor de Deus a todos se estende.
No entanto, quando o rei adentrou ao festim para ver os convivas, notou um homem que não estava vestido adequadamente (Mateus 22:11-14) e lançou-o para fora, “Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos”. Ou seja, embora o banquete do Senhor seja acessível a todos, muitos o recusam, e outros tantos o desejam mas não se preparam adequadamente, de acordo com as suas possibilidades. Se por um lado um convite é sinal de dignidade, que a temos enquanto filhos de Deus, por outro lado, deve-se atentar para a necessidade de corresponder às expectativas daquele que nos convida, resistindo à participar da maldade e guardando a fé.
Na atualidade, estando o mundo em profunda crise social, e o ocidente em plena apostasia da verdade marcada pelo descenso dos valores cristãos, com o mal estar da ausência de sentido e significado da vida atingindo a diversas famílias, é necessário que, a exemplo do profeta Isaías, destaquemos o plano de Deus para a humanidade é a felicidade, a vontade do Senhor de “enxugar as lágrimas” de todas as faces. É isso que a atitude de Nosso Senhor Jesus Cristo nos demonstra. Às margens daquele mar Ele cura os coxos, os aleijados, os cegos, os mudos, e todos que até ali o haviam seguido. Em outras palavras, Ele cura as deficiências dessas pessoas, libertando-as do mal que as afligia. Além disso, Nosso Senhor Jesus Cristo demonstra compaixão por esta multidão e cuida da sua necessidade de alimento. Isso nos mostra mais uma vez que somente a confiança em Deus, que é bondade, misericórdia e justiça, pode nos oferecer um sentido para a existência, iluminando-a e a tornando repleta de esperança, ao contrário daqueles que confiam nas coisas terrenas destinadas a perecer.
Vladimir Lautert
Discipulado GMP