Ano C
Quarta-Feira, 17 de Julho de 2013 - 15ª Semana do Tempo Comum
Bv. Inácio de Azevedo e companheiros
Primeira Leitura (Êx 3,1-6.9-12)
Naqueles dias, 1 Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Levou um dia, o rebanho deserto adentro e chegou ao monte de Deus, o Horeb. 2 Apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia, e disse consigo: 3 “Vou aproximar-se desta visão extraordinária, para ver por que a sarça não se consome”. 4 O Senhor viu que Moisés se aproximava para observar e chamou-o do meio da sarça dizendo: “Moisés! Moisés!” Ele respondeu: “Aqui estou”. 5 E Deus disse: “Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa”. 6 E acrescentou: “Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés cobriu o rosto, pois temia olhar para Deus. 9 E agora, o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi a opressão que os egípcios fazem pesar sobre eles. 10 Mas vai, eu te envio ao Faraó, para que faças sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel”. 11 E Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para ir ao Faraó e fazer sair os filhos de Israel do Egito?” 12 Deus lhe disse: “Eu estarei contigo; e este será o sinal de que fui eu que te enviei: quando tiveres tirado do Egito o povo, vós servireis a Deus sobre esta montanha”.
Responsório (Sl 102,1-7)
— O Senhor é indulgente, é favorável.
— O Senhor é indulgente, é favorável.
— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
— Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.
— O Senhor realiza obras de justiça e garante o direito aos oprimidos; revelou os seus caminhos a Moisés, e aos filhos de Israel, seus grandes feitos.
Evangelho (Mt 11,25-27)
25 Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27 Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”
Partilha orante:
“Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11, 27). Nesse versículo temos uma clara expressão do papel que Jesus representa no plano da salvação, que é o de ser o caminho que leva ao Pai, pois como nele está dito, a ninguém é dado conhecer o Pai se não for por intermédio do filho. Em outra passagem tem-se a mesma afirmação, ainda que de forma mais enfática: “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto” (João 14, 6 – 7). Logo, quem vê ao filho também vê o Pai, que com ele é apenas um, junto com o Espírito Santo.
Dito isso, podemos nos perguntar então a quem o filho quer revelar o Pai, e logo percebermos tratar-se de uma revelação a ser feita a toda humanidade, no contexto da nova aliança entre Deus e os homens, que suplantou os limites do povo judeu, a qual se manifestou na ordem que, após a Sua ressurreição, foi dada aos onze discípulos, que desde então é transmitida para a Igreja que os sucedeu: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28, 19).
Embora a poucos seja concedida a graça de ver Jesus em uma forma humana, podemos vê-lo na eucaristia. Além disso, conhecemos o Filho através do aprendizado da Sua mensagem, e com o batismo, por meio do qual tornamo-nos cristãos, seus seguidores, na esperança de que Ele, em Sua infinita misericórdia, nos permita habitar em Sua morada. Sem Jesus somos como Moisés cobrindo a face por temor de Deus, não somos capazes de vislumbrá-Lo.
Podemos conhecer Deus em Jesus, e através de Sua palavra podemos conhecer a vontade do Pai, o caminho a seguir durante a nossa peregrinação nessa terra, que antecederá a vida que teremos na eternidade. Essa pode ser considerada a alegria da vida cristã: o conhecimento da vontade de Deus e o esforço para dela nos aproximarmos, distanciando-nos daquilo que O desagrada.
Então, glorifiquemos a Deus pela Sua bondade, pois do nada nos criou e nos concedeu fazer parte do Seu povo pelo batismo, e conhecer a Sua vontade por meio da palavra de Jesus. Supliquemos força para seguirmos no reto caminho, que é estreito, resistindo à tentação do pecado e renunciando ao caminho do mal, para que através de nós se manifeste a Sua glória, e para que sejamos propagadores da Sua palavra. Amém.
Vladimir Lautert,
Discipulado Comunidade Graça, Misericórdia e Paz
Quarta-Feira, 17 de Julho de 2013 - 15ª Semana do Tempo Comum
Bv. Inácio de Azevedo e companheiros
Primeira Leitura (Êx 3,1-6.9-12)
Naqueles dias, 1 Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Levou um dia, o rebanho deserto adentro e chegou ao monte de Deus, o Horeb. 2 Apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia, e disse consigo: 3 “Vou aproximar-se desta visão extraordinária, para ver por que a sarça não se consome”. 4 O Senhor viu que Moisés se aproximava para observar e chamou-o do meio da sarça dizendo: “Moisés! Moisés!” Ele respondeu: “Aqui estou”. 5 E Deus disse: “Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa”. 6 E acrescentou: “Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés cobriu o rosto, pois temia olhar para Deus. 9 E agora, o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi a opressão que os egípcios fazem pesar sobre eles. 10 Mas vai, eu te envio ao Faraó, para que faças sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel”. 11 E Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para ir ao Faraó e fazer sair os filhos de Israel do Egito?” 12 Deus lhe disse: “Eu estarei contigo; e este será o sinal de que fui eu que te enviei: quando tiveres tirado do Egito o povo, vós servireis a Deus sobre esta montanha”.
Responsório (Sl 102,1-7)
— O Senhor é indulgente, é favorável.
— O Senhor é indulgente, é favorável.
— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
— Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.
— O Senhor realiza obras de justiça e garante o direito aos oprimidos; revelou os seus caminhos a Moisés, e aos filhos de Israel, seus grandes feitos.
Evangelho (Mt 11,25-27)
25 Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27 Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”
Partilha orante:
“Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11, 27). Nesse versículo temos uma clara expressão do papel que Jesus representa no plano da salvação, que é o de ser o caminho que leva ao Pai, pois como nele está dito, a ninguém é dado conhecer o Pai se não for por intermédio do filho. Em outra passagem tem-se a mesma afirmação, ainda que de forma mais enfática: “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto” (João 14, 6 – 7). Logo, quem vê ao filho também vê o Pai, que com ele é apenas um, junto com o Espírito Santo.
Dito isso, podemos nos perguntar então a quem o filho quer revelar o Pai, e logo percebermos tratar-se de uma revelação a ser feita a toda humanidade, no contexto da nova aliança entre Deus e os homens, que suplantou os limites do povo judeu, a qual se manifestou na ordem que, após a Sua ressurreição, foi dada aos onze discípulos, que desde então é transmitida para a Igreja que os sucedeu: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28, 19).
Embora a poucos seja concedida a graça de ver Jesus em uma forma humana, podemos vê-lo na eucaristia. Além disso, conhecemos o Filho através do aprendizado da Sua mensagem, e com o batismo, por meio do qual tornamo-nos cristãos, seus seguidores, na esperança de que Ele, em Sua infinita misericórdia, nos permita habitar em Sua morada. Sem Jesus somos como Moisés cobrindo a face por temor de Deus, não somos capazes de vislumbrá-Lo.
Podemos conhecer Deus em Jesus, e através de Sua palavra podemos conhecer a vontade do Pai, o caminho a seguir durante a nossa peregrinação nessa terra, que antecederá a vida que teremos na eternidade. Essa pode ser considerada a alegria da vida cristã: o conhecimento da vontade de Deus e o esforço para dela nos aproximarmos, distanciando-nos daquilo que O desagrada.
Então, glorifiquemos a Deus pela Sua bondade, pois do nada nos criou e nos concedeu fazer parte do Seu povo pelo batismo, e conhecer a Sua vontade por meio da palavra de Jesus. Supliquemos força para seguirmos no reto caminho, que é estreito, resistindo à tentação do pecado e renunciando ao caminho do mal, para que através de nós se manifeste a Sua glória, e para que sejamos propagadores da Sua palavra. Amém.
Vladimir Lautert,
Discipulado Comunidade Graça, Misericórdia e Paz